segunda-feira, 13 de abril de 2015

Ele é muito desatento...



"Esse menino é muito inquieto". "Ele só presta atenção no que quer". Estou perdendo a paciência o tempo inteiro com esses esquecimentos dele".
Narrativas comuns no dia-à-dia de um consultório de atendimento infantil ou nas salas de aulas de hoje em dia. Os pais, professores e até os colegas se surpreendem muitas vezes com o filho, aluno ou amigo que não presta atenção em nada, mas que em outras vezes está tão focado em algo que parece sair de órbita. É a lancheira esquecida em todo lugar, a tarefa que nunca é concluída, as músicas cantaroladas nas horas mais impróprias (principalmente se a professora está falando), e, às vezes no pico do desaforo, a comida esquecida ou a água que "nem lembrou de beber". Tem adultos que passaram toda a infância sofrendo com um ataque de "eu sou muito diferente de todo mundo". Porque eu viajo tanto na maionese? Por que não consigo me apaixonar e manter essa paixão acesa por mais tempo? Porque não consigo gostar de fazer  mesma coisa o tempo todo como todo mundo? Porque sou tão instável? 
Tem crianças que se desligam de tudo e ficam absorvidas em pensamentos imaginativos por demais. Tem aqueles que ouvem  seu nome vindo da professora o tempo todo, e nem seus colegas aguentam mais. Nem dá tempo de anotar o que está na lousa, esquecem-se da página da tarefa que seria para realizar. É um caos diário, ou pelo menos causa um certo desgaste individual ou mesmo familiar.
Se você identificou em qualquer uma das situações, características suas, de seu cônjuge, ou de seu filho, atenção, porque você poderá estar se referindo a uma marca bem consistente do TDA ou Transtorno de Déficit de Atenção. Sim, ele existe. 
Nas últimas décadas houve uma enxurrada de crianças sendo diagnosticadas como sendo hiperativas ou sendo portadoras do TDAH (TDA mais hiperatividade). E acredito que isso banalizou um pouco essa condição da saúde física e mental de muitos entre nós. É importante conhecê-la e distinguir o real do imaginário. 
O deficit de atenção é uma condição que gera instabilidade na condução de um indivíduo e é muitas vezes incompreendida. Podemos ter 3 tipos de TDAs pois ele advêm de um cérebro que ou é extremamente criativo, ou impulsivo, ou que não consegue manter o foco. Dessa forma falamos em TDA com predominância da Impulsividade, TDA com predominância da Dispersão e o TDA predominantemente Hiperativo. 
Na maioria das vezes a criança ou adulto passa por muito desgaste para adaptar-se ou se fazer entender em seu modo de ser. As vezes a mente fica meio desorganizada pelo turbilhão de ideias e pensamentos incessantes, o corpo não quer parar quieto e as pernas balançam ,não se consegue parar de roer as unhas, etc. E, ainda tomam-se decisões precipitadas pelo simples fato de ser difícil controlar o ímpeto. 
Mas creiam, essa é uma característica que necessita ser entendida, diagnosticada e ter um direcionamento correto. Se assim se fizer essa força criativa poderá trazer frutos maravilhosos. 
Considero sempre que aquilo que desconhecemos devemos procurar quem bem o entenda para nos esclarecer melhor. Não deixe para depois se percebeu em si ou em seu filho essas características. Melhor procurar orientação profissional nesses casos, porque para alguns não há receitas caseiras. Seu filho agradece. Um bom psicólogo, neuropsicólogo, neurologista ou mesmo psiquiatra poderá lhe orientar nessas questões.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

MEU FILHO TEM PROBLEMAS COM ATENÇÃO ? É HIPERATIVO ? E AGORA O QUE EU FAÇO ?

Já se passaram alguns dias em que não faço postagens devido as atribuições da vida diária. Mas, enfim, estou de volta com a mente repleta de idéias de posts, dicas, sugestões, comentários sobre a linda arte de educar crianças.

O tema que escolhi para hoje é algo que vem assolando os meios educacionais e as clínicas de psicólogos, neurologistas, psiquiatras e afins: os Défices de Atenção e Hiperatividade. De repente pais e professores se encontram sobressaltados com as ações (ou falta de ação) de uns pequenos que tiram o sossego e tranquilidade de seus dias. Crianças que desde pequenas parecem uns foguetinhos ligados, inquietas, insolentes, impacientes. Ou ainda, tão dispersas que parecem em outro mundo. 
Os professores, tadinhos, detentores da solução, responsabilizam os pais, pedem intervenção de nós psicólogos. Os pais, mais coitadinhos ainda, envolvidos no medo dos julgamentos, pois "seu filho(a) não pára quieto (a).
E agora? o que fazer?
Algumas dicas são fundamentais antes de responsabilizar os rebentos. Vamos procurar entender o que fazer:

1. Primeiro, se você, ou a escola de seu filho ou filha, percebe algum tipo de alteração no comportamento dele ou dela, não deixe para depois. Procure orientação e ajuda. Uma consulta com o pediatra narrando os acontecimentos e pedindo auxílio já poderá lhe nortear, pois ele, como médico infantil/adolescente saberá identificar se o comportamento está fugindo ao "padrão esperado para a idade. Não que o padrão seja específico a ser seguido, mas serve como parâmetro.  costumo dizer que prefiro pecar pelo excesso que pela falta. O pediatra também poderá observar se as especificidades de seu filho carecem de acompanhamento psicológico para avaliação ou intervenção.

2. Se seu filho é agitado, observe o ambiente familiar, verifique se ele esta passando por algum problema, e não desvalorize qualquer sinal de que ele não esteja bem.verifique as demandas que recaem sobre seu filho, o excesso de aulas extras, de responsabilidades, ou responsabilidades aquém de sua idade. não é adequado para uma criança de 8 anos , por exemplo, sentir-se sobrecarregada pelas aulas de inglês, violão, esporte, música, aulas de reforço, etc...Acontece muitas vezes que para tentar conter a agitação do filho, os pais lhe colocam em diversas atividades e acabam por obter o resultado contrário do esperado. a criança sentindo-se estressada e cobrada em excesso, sem tempo para brincar e usufruir da infância, n o auge de sua angustia, se agita, pois não encontra outra forma de manifestar (por não ter amadurecimento para isso). Observe tambem se o ambiente familiar não é agitado, do tipo que os pais sempre estão correndo para algo, sempre lutando contra o tempo e acabam nunca tendo tempo para relaxar. Essas questões sempre prejudicam bastante o bem-estar infantil;

3. Observe se seu filho esta tendo tempo para brincar, criar, fantasiar, sem regras ou comandos. Alguns pais geram tanta expectativa sobre o resultado de seus filhos, que nem percebem que ainda são crianças. Brincar faz parte no universo infantil e auxilia no equilíbrio  emocional, criatividade, regula os índices de serotonina e dopamina trazendo equilíbrio e felicidade. Criança que brinca tende a ser mais feliz, pois encontra recursos para lidar com fantasias e realidade, conflitos e tranquilidade. Deixe que brinque a vontade de, e oportunize os jogos recreativos ao ar livre, brinquedos com material reciclado que possa criar e recriar, como caixas de papelão, garrafinhas de plástico, bonecos, etc. Deixe que utilize os brinquedos conforme sua imaginação, mas faça-o arrumar o que bagunçou ao termino (apenas ao termino, pois nada pior que brincar sem poder tirar a bonecas da caixa, desmontar os carrinhos para descobrir como funcionam, mudar os penteados das lidas bonecas).

5. Tome cuidado com as novas tecnologias. Nossas crianças do mundo atual já não tem um funcionamento cerebral como os de nossa geração, pois já nasceram na era da internet e redes sociais. Os jogos eletrônicos são bastante estimulantes, mas, se não for bem dosado tende a acelerar o pensamento e comportamento gerando agitação. Ouço pais dizerem que "seus filhos se concentram muito bem no jogo, mas não consegue concentrar nos estudos". Isso é natural de quem passa muito tempo numa sessão de estímulos constantes dos games e eletrônicos. Costumo falar que "essa nova babá tecnológica" custa caro ao equilíbrio emocional quando é utilizado sem regras ou acompanhamento. Não deixe que seu filho jogue ou use a tecnologia durante o horário que quiser ou até duas horas antes de deitar-se para dormir, pois poderá prejudicar seu sono e consequentemente sua concentração na escola no outro dia;

4. Organize o horário de seu filho e o acompanhe no estudo (principalmente enquanto não tem habilidade para estudar sozinho), mas não faça desse tempo uma guerra ou sofrimento;

5. Converse abertamente com seu filho e procure verificar se algo de errado esta acontecendo com ele do ponto de vista dele. Mas nesse primeiro momento não é ainda o momento da crítica, mas da descoberta. Seja verdadeiro (sem ser cruel) e lhe diga o que está percebendo e que talvez vocês precisem de ajuda para resolver esse problema;

6. Converse com a escola de seu filho constantemente. Participe de seu mundo escolar. Pergunte as queixas da professora, mas tente visualizar, junto com ela, como poderão juntos, sanar as dificuldades. Não deixe de tentar observar os aspectos positivos de seu filho;

7. Procure um psicólogo para seu filho (solicite indicação de alguem que tenha o filho em terapia, da escola, ou do proprio médico. Esse é um serviço que precisa de uma boa orientação). Converse abertamente com o psicólogo, coloque suas queixas e dúvidas. Converse sobre a abordagem que ele atua e estrategias de evolução. 

8. Não sobrecarregue seus filho de culpa antes de saber os verdadeiros motivos de sua agitação. Crianças precisam mais de compreensão e acolhimento que de  críticas. Se ele está causando algum transtorno ao ambiente ou a alguém, necessita de ajuda.
   
9. Fuja dos rótulos. Não se preocupe com as siglas que dão ao seu filho (TDA, TDAH, etc.). Seu filho é seu filho acima de tudo. É seu tesouro, seu amor e sua felicidade. Ajude-o e ajude-se a compreendê-lo. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

MEU FILHO É CONSUMISTA: O que foi que eu fiz?

Dia após dia me deparo com queixas de amigos, pacientes, educadores e pessoas das mais variadas atuações questionando, pedindo opinião, dicas, ou simplesmente fazendo queixas sobre o desenvolvimento consumista de seus filhos. Queixas do tipo: "Não sei mais o que fazer! Esse menino(a) só pensa em comprar, em ganhar brinquedos, maquiagens, passear no shopping...                                                                                                                                              
Esse vídeo (não recente), foi postado por uma fanpage que gosto muito , chamada Aprender. Faz colocações de especialistas em educação, mães, e a própria criança, que, inocentemente tem sua infância retirada a custas do consumo. O marketing e publicidade desenfreada bombardeiam nossas crianças na intenção do consumo. E, nossas leis não possuem regras que combatam esse caminho como em outros países. Está na hora de fazermos algo por elas, no sentido de educar a elas e a nós mesmos, conversar, esclarecer e principalmente protegê-las das maléficas fábricas de fazer dinheiro por trás das propagandas.                                                                                                                                           
O momento é o agora, enquanto elas ainda estão sobre nossas guardas, nossos cuidados e ainda são "inocentes" sobre essa guerra mercadológica.                                                                
Boa sorte papais e mamães! E lembrem-se: Conversar com seus filhos é sempre o melhor caminho!
Click no link abaixo para assistir: 

CONSUMISMO INFANTIL: O que está acontecendo?

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Mitos e Fatos sobre a criança autista

Dentre tantos questionamentos surgidos pelo merecido processo de inclusão social, percebido pela mídia, através do programa fantástico da rede globo, o tema autismo ainda levanta dúvidas e muitos questionamentos necessários de uma melhor compreensão. 

Através da prática clínica percebo nos pais das crianças com espectro autista as suas angústias, expectativas e receios sobre a vida de seus filhos. Os educadores preocupam-se sobre o acompanhamento, condições cognitivas e possibilidades desse seu aluno. 

Coloco aqui duas reportagem muito interessantes : uma esclarecedora sobre os fatos e mitos em relação ao autismo, e outra muito intrigante sobre as descobertas em estudos acerca de sua causa. Será que chegamos a uma conclusão sobre os motivos que leva tantas crianças a desenvolverem o espectro autista? Ou será que ainda teremos que caminhar muito nessa jornada. 

Boa leitura, reflexões e comentários!





quinta-feira, 22 de agosto de 2013

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Detectando Problemas de Aprendizagem



      Após um período sem postagens, devido a diversos fatores, retorno com a indicação de uma reportagem da Revista Época, que trata dos problemas de aprendizagem. Como identificar que um filho muitas vezes julgado como "desorganizado", "desleixado", "desobediente", e várias outras denominações, na verdade não sofre de algum problema de aprendizagem? 


        Muitos pais se pegam com esses questionamento, mas por desconhecimento, vergonha, ou descaso com a situação, protela a procura de um profissional para auxiliá-lo a entender a situação e saber como lidar com ela. 

        O artigo dá algumas dicas para os pais e educadores, mas, não exclui a necessidade de procurar o profissional adequado para o caso, podendo ser o psicólogo, psicopedagogo, neuropsicólogo, neurologista, fonoaudiologista, dentre outros. Caso a dúvida persista, converse com seu pediatra e os profissionais da escola de seu filho, pois eles poderão lhe auxiliar nessa descoberta.

Boa leitura!

domingo, 9 de junho de 2013

O Processo de Alfabetização

Desculpem-me por ter demorado muito pra realizar postagens, mas imprevistos ocorrem!

Enfim, segue uma reportagem da UNICAMP sobre o processo de alfabetização muito interessante de ser visto, avaliado, refletido. Claro que algumas das colocações da professora são fatos ainda, outras já estão decaindo nas escolas, porém, seu discurso e interessante se fizermos juízo sobre em para que ambiente escolar está sendo dirigido, pois falamos em vários realidades num mesmo Brasil. 

Espero que questionem junto comigo e nos façamos refletir nossas condutas frente a alfabetização, no que está coerente ou em abandono.

Boa leitura!

sábado, 27 de abril de 2013

Dicas de vídeos e livros sobre alimentação saudável para crianças


Achei muito interessante essas indicações retiradas do Portal do Professor no seguinte link:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=21486

  • VÍDEOS:

- Zuzubalândia – Pirâmide dos Alimentos
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=0fO5rwUO-cY
- Aprenda a comer com Dr. Cenoura
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=3IyErcFfLpQ
- Comer Brincando
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Uc10PV_-J7c
- Sid o Cientista: Quero Bolo
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=WUnig_lAjF8

  • LIVROS:


AYRES, Fabiana dos Reis. Lili e a Alimentação Saudável. Editora: Marcio Bandeira.

CHU, Teddy. Do Campo à Mesa - O Caminho Dos Alimentos. Moderna, Editora.

DISCOVERY KIDS. Doki - Alimentação Saudável. Editora: Fundamento.

  • MÚSICAS:

A turma do Seu Lobato: Rock das Frutas
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=D73visXSG38

- Doki, descobre as frutas
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=M6Cmy8CQCNU

sábado, 13 de abril de 2013

Visita ao Museu Virtual Imperial

Realizei uma pequena visita virutal ao Museu Imperial em Petrópolis, Você pode levar seus filhos a navegarem nessa experiência também.

As primeiras salas que visitei foram as de música (1 e 2). Lá serão encontrados além de móveis da época, quadros pintados da família imperial e intrumentos.
Em seguida temos a Sala de Jantar composta com os apetrechos alimentícios da época (pratos, taças, talheres, etc...). tudo de uma beleza magnífica.
A Sala de Estudo de Dom Pedro II contém seus óculos de alcançe ( que chamamos de luneta), mesa de estudo e quadros da época.
Encontraremos ainda a Sala de Estado, onde ocorriam as reuniões reais, exposições e conversações diversas. É possível ver a coroa magnífica de nosso imperador Dom Pedro II.

Vale a pena conferir todo o site que possui tour para crianças, com explicações históricas contadas em texto acessível aos filhos de todas as idades.

Segue o blog do Museu Imperial voltado para as crianças e sua pequena introdução de boas-vindas.
Tenha um bom passeio!

http://bibliotecarocambole.blogspot.com.br/

Sejam bem-vindos ao Blog da Biblioteca Infantil do Museu Imperial: a ROCAMBOLE!
Estou muito alegre e orgulhoso em apresentar para vocês este espaço cheio de novidades.
Meu nome é Rocambole, o mesmo do meu bisavô, um importante cachorro que viveu bem antigamente. Sabem por quê? Já conto!
Meu bisavô Rocambole foi cachorro de estimação da princesa Isabel e com ela viveu bons e animados momentos. Nas histórias de minha família se conta que o que ele mais gostava era ouvir a princesa tocar piano e ficar ao seu lado enquanto ela lia. E como a princesa gostava de ler! Lia tanto que até meu bisavô passou a admirar as histórias dos livros dela.
Como meu bisavô, eu também gosto muito de ouvir histórias. Com elas posso conhecer vários lugares, animais e pessoas diferentes, aprender coisas novas, me divertir... Quando leio ou ouço uma história é como se eu estivesse fazendo uma interessante viagem.
E é por isso que estou aqui para apresentar este Blog a vocês e convidá-los a participar das atividades da Biblioteca Rocambole, lugar onde todos também poderão fazer “viagens” encantadoras.
Neste espaço vocês ficarão por dentro da programação da Rocambole, terão dicas de livros e autores interessantes, poderão trazer sugestões para a nossa Biblioteca, entre muitas outras atividades.
Estarei sempre por aqui para contar as novidades da Rocambole e espero encontrar todos vocês muitas e muitas vezes.
 

Uso da Palmada como Ferramenta Pedagógica no Contexto Familiar: Mania de Bater ou Desconhecimento de Outra Estratégia de Educação?

Dando continuidade a nossa proposta de discussão e após o vídeo sobre o poder da palmada utilizada pelos pais, seguem as pesquisas científicas sobre o assunto. Artigo completo no link abaixo do resumo.
Coloquem suas opiniões.

Resumo da autora: Janille Maria Lima Ribeiro

A violência contra crianças e adolescentes no Brasil não pode mais ser tratada como uma tradição ou costume familiar. Existe uma legislação que os defende, inclusive contra a palmada, que é, ainda, muito utilizada por muitas famílias brasileiras no processo educativo. As famílias revelam uma construção histórica de educação de crianças e adolescentes que percorre o caminho da Pedagogia Despótica para a Democrática, mas, ainda, em passos muito lentos. As práticas educativas e a cultura, que têm na linguagem um representante significativo, são heranças passadas de geração a geração, porém, sem o importante questionamento quanto aos indivíduos que a sociedade quer forjar com suas práticas. Este ensaio teórico questiona o uso da palmada na educação de crianças e adolescentes, aponta a influência intergeracional no uso da punição física e levanta possibilidades de construção de novas práticas que a sociedade, por meio do diálogo, considere que são mais adequadas.